Artigo Científico

17/05/2010 06:49

 

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

 

JÉSSICA DA SILVA REZENDE

ACADÊMICA: PEDAGOGIA 1º PERIODO

ACADEMICA DA FIESC

PROFESSORA ANA LEIDE R. S. GÓIS

DISCIPLINA DE PRATICA PEDAGOGICA I

 

 

         O interesse geral desta obra é fornecer saberes necessários à prática educativa de professores formados ou em formação, mesmo que alguns destes professores não sejam críticos ou progressistas porque são pontos aprovados pela prática, não considerando posições políticas. Cabe ao professor observar qual prática é apropriada para sua comunidade.

            O ato de ensinar, é se formar e ser formado, ou seja, a docência não pode se separar da discência. Pode-se dizer que a docência é o educador, e a discência é o aprendiz.

            Ensinar é mostrar possibilidades aos educando sua produção ou construção. Sempre deve ser um ser aberto a indagações. Deve pensar antes de agir, principalmente sobre o racismo, mesmo que você não goste de uma pessoa deve respeitá-la, e aprender a conviver com as diferenças.

            O docente tem que ter segurança no que está falando, para isso tem que estar sempre tendo curiosidade para aprender sempre mais, para que o seu aluno quando vier a perguntar algo saber responder.

            “... ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” (Paulo Freire, Pedagogia da autonomia, p.22) Esta frase significa dizer que tem que mostrar um caminho a ser seguido depende do educando trilhar pelo caminho que lhe foi mostrado.

            O educador tem o dever de ensinar o caminho certo, mesmo que às vezes, pense errado. “Só na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo.” (Paulo Freire, Pedagogia da autonomia, p.27)

            Nunca os educadores podem afirmar que sabe tudo, pois a cada dia aprendem-se mais coisas.

            Ensinar sempre será uma tarefa bem difícil. Todos os dias aprendem algo novo, e por isso para transmitir o conhecimento exige pesquisas atualizadas.

            Cada educando convive no seu dia-a-dia com a sua própria realidade. E assim o educador necessita respeitar a interpretação daqueles alunos e trazer para dentro da sala de aula. E fazer uma comparação de teoria e prática, e ensinar o caminho certo, deixando que o aprendiz queiro seguir ou não seguir.

            Porém muitos criticam a escola, por dizer que o ambiente escolar não é partido.

            A curiosidade é a “ponta pé” inicial de criatividade, pois não existiria criatividade sem curiosidade. É por meio da curiosidade que aprendem coisas novas. E ensinam os conhecimentos adquiridos com criatividade.

            O educador tem o dever de ter estética e ética, ou seja, o professor tem que saber o que deve ou não deve falar aos alunos, mesmo sabendo que sua opinião é a correta, pois tudo que o docente fala, os educando aprendem com muita facilidade.

            Não adianta falar o dito popular “faça o que mando e não o que eu faço” (Paulo Freire, Pedagogia da autonomia, p.34), pois principalmente crianças quando vêem alguma coisa quer logo imitar, então deve vigiar-se constantemente, mesmo que tenha vontade de fazer algo errado que pode se prejudicar profissionalmente.

            Discriminação é o que não pode conter em um “currículo” principalmente de um pedagogo, pois estará trabalhando em uma área, que interage com vários tipos de pessoas.

            Um dos exemplos citados sobre o fumo no livro Pedagogia da autonomia na pagina 40, trata-se que aprendem o que está certo ou errado, mais para isso tem que ter uma reflexão sobre o que faz e ter raiva, de uma forma positiva sobre o que praticava e o que pratica.

            Cada gesto de professor, para o aluno pode valer muita coisa, mesmo que seja pequeno. As escolas não têm o direito de exigir que o aluno não risque as carteiras, paredes etc., mas tem o dever de deixar o ambiente o mais agradável possível para educar os alunos.

            A partir do momento que o mundo foi sendo criado, foi existindo regras, para saber onde eu começo e onde eu termino para o outro começar. E começou ter discussões entre sujeitos, pois um tinha uma determinada opinião e a outra pessoa opinião contrário. Sendo capazes de comparar, de decidir o que é melhor para a sua própria vida.

            A vida proporcionou e proporciona até hoje condições a serem respeitadas, mas algumas barreiras desta condição têm que ser quebrada. Não se deve corrigir uma criança em tudo, primeiramente tem que entender o ponto de vista dela para corrigi-la e explicá-la o motivo pelo qual ela está errada.

            Não deve colocar “medo” no educando, devem-se dialogar os assuntos para que eles venham a ter curiosidade e fazer perguntas para mostrá-los o caminho correto a ser seguido, formando o aluno a cada dia. Mas também não deve deixar o sujeito em formação com muita liberdade, pois tentará passar por cima de qualquer formador, não o respeitando como educador querendo saber mais do que o docente.

            Não preciso de um professor de ética para saber se posso pegar um trabalho atrasado ou até mesmo entregar um trabalho atrasado. É com o meu bom-senso que saberei se posso receber este exercício fora da data da entrega. Preciso entender que todos os tipos de professores passam na vida dos alunos, mas para ficar marcado na vida deste educando, o docente tem que saber ensinar e respeitar o ponto de vista do ser em formação e ter um bom-senso, saber dar limites ao educando.

            O Brasil é um dos países com salários imorais para os educadores. E por isso os educadores fazem greves, lutam pelos seus direitos, mesmo que o poder venha a tentar fechar a “boca” dos docentes. Muitos cruzam os braços e falam que “não há nada o que fazer”, é o discurso que nenhum formador pode ter. Por causa disso os docentes têm muita tolerância, pois acreditam que um dia o governo brasileiro irá valorizar a educação que é à base de tudo.

            Devem respeitar a opinião de cada pessoa sobre a realidade do país. Por exemplo, os “sem-terra” lutam por sua vida como todas as outras pessoas, mas é claro que se pode ou não concordar com esta situação. Eles também podem pensar que o seu modo de agir não está certo. Isso vai de pessoa para pessoa, ou seja, de opinião a opinião.

            Como diz um ditado: “a esperança é a ultima que morre”, só que às vezes ela é a primeira a morrer, pois as pessoas não conseguem ter uma vida melhor para a família, por motivo que é abandonada pelo restante da sociedade, assim não sonha com uma vida melhor para a família e para si. A educação é a base de tudo, se tivesse um aprendizado melhor a todos o mundo seria perfeito.

            Um sujeito deve tentar conseguir mudar a sua vida para melhor, e confiar de que a mudança é possível, de ver que o mundo só irá “parar” quando ninguém desejar um futuro melhor. Como um dito “A vida foi feita para ser vivida”, quer dizer que temos que viver cada momento, cada esperança, ultrapassar barreiras de cada dia e viver como se não houvesse o “amanhã”.

            O professor deve sempre provocar o aluno para que ele tenha curiosidade, tanto da matéria que está sendo explicado, quanto ao seu dia-a-dia fora da sala de aula, saber que forma ele conseguiu saciar a sua curiosidade.

            Quando ele, o aluno estiver formado saberá qual o caminho correto a ser seguido e sempre irá entender mais e mais a cada dia e ser um ótimo profissional. E assim o docente que o ensinou ficará orgulhoso por ter mostrado o caminho para ele trilhar, para se formar profissionalmente.

            Quando respeita um educando, ele também tem o dever de respeitar, pois não pode ensinar um sujeito tendo arrogância, porquanto ele não irá ter dignidade como pessoa, e o educador se sentirão culpado por isso.

            Devem ser generosos, tanto como profissionais, quanto pessoas.

            Se alguém chega a fazer uma pergunta, que não se sabe a resposta deve-se comprometer a dizer que não sabe, mas que irá pesquisar e respondê-la depois, pois assim ganha crédito com o aluno.

            O pedagogo sempre tem que estar atento a cada aluno, pois é no modo deles agir, que podem compreendê-los. Saber se eles estão tendo algum problema na escola ou no ambiente familiar.

            Como professor, terá que exige de si próprio saber a disciplina a ser ministrada.

            O professor se tornou um atacante contra a discriminação, visto que a educação é à base de tudo no mundo. É por meio dela que se retiram marginais das ruas. É por meio dela que melhoram o ambiente onde vive.

            Ensinar um sujeito a se tornar independente tem que deixá-lo fazer as suas próprias decisões, pois “Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém.” (Paulo Freire, Pedagogia da autonomia, p.107) Pois é a cada dia que se aprende mais coisas e que deve decidir se irá continuar seguindo a mesma “estrada”.

            Dependendo da situação dentro do ambiente escolar, tem que ser um pouco autoritário, saber dar limite a liberdade, mas não quer dizer que deve “castrá-la”, pois cada pessoa tem que decidir por si só se está certo ou errado.

            Um sujeito na sua prática docente, não precisa pensar que por estar exercendo a profissão de educador pode mudar o país, mas deve demonstrar que é possível mudar, começando pela “educação”.

            O educador tem o dever de ser consciente de suas decisões, pois é através da educação que pode transformar o mundo.

            Como tirar a dúvida de um educando? Deve como educador saber escutar, para discutir os assuntos com o aluno. E também não deve falar “de cima para baixo” com o discente, pois poderá estar restringindo o “gosto” dele pelo conhecimento.

            A globalização trouxe benefícios e malefícios, ou seja, a globalização tentou igualar todos os países, mas o Brasil não tem a mesma economia que os Estados Unidos, os investimentos de cada um deles é mais para determinadas áreas. Então a “globalização” deve mudar esta teoria de comparação, pois nenhum é igual ao outro.

            “Como educadores progressistas não apenas não podemos desconhecer a televisão mas devemos usá-la, sobretudo, discuti-la.” (Paulo Freire, pedagogia da autonomia, p.139) Esta frase quis dizer que principalmente os educadores tem que acreditar no que está falando a televisão, mas tem sim é que discutir, saber se aquela matéria mostrada é verdadeira, para dialogar com os seus alunos.

            O ato de ensinar tem que ser com “amor”, pois o pedagogo trabalha com pessoas de todas as idades, que busca permanentemente adquirir conhecimentos novos, “novos saberes”.

            A atividade docente não se separa da discente, apesar da imoralidade dos salários, pois tudo gira em torno da educação, e o professor depende do aluno, e vice-versa.

            O papel do educador não é o de transferir conhecimento, pois ele não é um banco de transferência de dados, de números, mas a sua função é de ensinar o caminho ao educando, deixando-o saber diferenciar o certo do incerto.

            O ser educador não deve ignorar o ambiente ao seu redor, mas também não deve se tornar terapeuta, mas mostrar para os sujeitos, que todos juntos podem mudar o país e talvez o mundo.

 

 

Referência Bibliográfica

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa/ Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura)